sexta-feira, 29 de abril de 2011

Exmo. Sr. Carlos Alexandre da Silva

DD. Presidente da Câmara Municipal de Igaratá

Varlei Antonio Peres, colunista do Jornal Bom Dia, vem pelo presente, expor e solicitar de Vossa Excelência o seguinte:

1) – O colunista do Jornal O Ouvidor, na sua edição 805 do dia 5 de fevereiro de 2011, na coluna Pé do Ouvido, afirmou que o “Convênio” firmado com o Governo Federal e Estadual, denominado “ILHA DA CULTURA”, foi renovado pela RÁDIO TURÍSTICA DE IGARATÁ, e que, dos 300 pontos de cultura, 100 já receberam a segunda parcela, e que, o projeto de Igaratá está entre eles;

2) – No Jornal Bom Dia, edição 240 de 19 de março, divulguei o assunto na coluna OLHAR DE IGARATÁ, sob o título ACETI/CULTURA;

3) - Na mesma edição na coluna RÁDIO/JORNAL, noticiei que nem a própria Rádio e o Jornal O Ouvidor, nada divulgaram sobre a aplicação do “prêmio”, já que o dono do Jornal O Ouvidor é também Presidente da Rádio. Inclusive citei que o primeiro convênio conforme divulgado pelo próprio jornal, foi aplicado no ‘WORKSHOP DE FOTOGRAFIA”. Solicitei inclusive, informações de que forma esse novo “projeto” está sendo aplicado, já que é de interesse da comunidade;

4) – Solicitei também na mesma coluna, para que os senhores vereadores, procurassem saber como é o “projeto” e como o “prêmio” está sendo aplicado, não tendo obtido nenhuma resposta à respeito;

5) - Na edição 242 do dia 2 de abril de 2011, na mesma coluna, informei que o Presidente da Câmara, a nosso ver, não se interessou em procurar se informar ou fiscalizar o assunto, provavelmente por essa verba não estar vinculada à administração municipal. Não deixa portando, de ser “dinheiro público” e que a sua aplicação deve ser fiscalizada. Não tivemos conhecimento de nenhuma manifestação dessa Presidência à respeito;

6) – O Jornal O Ouvidor, edição 815 do dia 16 de abril de 2011, na coluna Pé do Ouvido, o colunista informa que a Rádio Turística de Igaratá, encaminhou para a Câmara Municipal um oficio, solicitando permissão para a transmissão ao vivo das Sessões;

7) – Se de fato, como citado no jornal O Ouvidor e, na próxima quarta-feira acontecer experimentalmente a primeira transmissão, seria uma ótima ocasião para que o Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal, cobrasse diretamente do Presidente da Rádio Turística de Igaratá, que é também o dono do Jornal O Ouvidor, cópia do “projeto”, onde está sendo aplicado o “premio” destinado a “ILHA DA CULTURA”, já que outras providências, acredito não terem sido tomadas, pois nada chegou ao conhecimento deste colunista, e muito menos da Comunidade Igarataense!
Se isso não for possível de atender, ficaria satisfeito, pelo menos, que esta solicitação fosse lida em plenário na Sessão do dia 20 (quarta-feira), para conhecimento de todos os presentes.

Sendo o que me oferece para o momento, aproveito para enviar meus votos de elevada estima e consideração.

Atenciosamente,
Igaratá, 18 de abril de 2011
VARLEI ANTONIO PERES
TÍTULO ELEITORAL nº 408800801-75

MENSAGEM PELO CELULAR - O Presidente da Câmara enviou um torpedo para o meu celular no dia 19/04/2011, afirmando que a mensagem seria lida na Sessão Ordinária que se realizaria no dia 20/04/2011.
No dia 23/04/2011, recebi outro torpedo do Presidente da Câmara informando que, “infelizmente” o tempo da Sessão teria sido ultrapassado e que alguns documentos ficaram para a próxima Sessão. Uma simples mensagem não pode ser lida e somente três dias após, me foi comunicado que “alguns documentos” ficaram para a próxima Sessão. Foi uma pena não ter sido lida, porque o Presidente da Rádio e dono do Jornal O Ouvidor a quem a mensagem estava endereçada, estava presente na sessão.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

AS GRANDES POTÊNCIAS

Gostaria de comentar o seguinte assunto:
Conforme declaração do Embaixador Celso Amorim, e confirmado pelo Presidente Lula, o acordo celebrado entre o Brasil e a Turquia com o Irã, é o mesmo que as “grandes potências” (EUA, INGLATERRA, FRANÇA, ALEMANHA, CHINA, RUSSIA etc., tentaram por longos anos não tendo obtido efeito positivo algum.

Por que será, que agora todos se levantam criticando o mesmo acordo celebrado com a participação do BRASIL e TURQUIA e ter conseguido que o Presidente do Irã sentasse numa mesa de negociação e, através de um dialogo passivo, sem arrogância alguma por países chamados de emergentes, que na concepção das Grandes Potências tem pouca influencia no mundo globalizado ?

No problema imobiliário ocorrido nos EUA, que teve enorme repercussão e prejuízo mundial, o BRASIL foi o país como disse o Presidente Lula, que muito pouco sofreu não passando de uma simples “marolinha”.

Meus amigos:
“É livre o direito de expressão do pensamento, vedado o anonimato”. Isto está na Carta Magna.
Para mim, o que as Grandes Potências estão sentindo não passa de uma grande frustração e enorme dor de cotovelo por não terem conseguido o que os “EMERGENTES” conseguiram!

O Brasil não é só o País do carnaval e do futebol!

Temos pessoas de bom senso, com grande capacidade de pensar e resolver problemas que muitos, com a arrogância que tem, só querem resolver, como se diz na gíria. “À Ferro e Fogo”, impondo suas vontades a todo custo e quando não conseguem se desesperam.

Temos que ter um respeito mútuo! O Planeta Terra é de propriedade de todos os habitantes que nele vivem.

Será que a “Guerra do Vietnam” que grande desgraça trouxe cantada em versos e prosas, não foi suficiente? E a invasão do “Iraque” onde o ex-presidente dos Estados Unidos da America Mister George W. Bush, afirmava que Sadam Hussém possuía grande estoque de armas químicas, não tendo após ter devastado o país inteiro ter encontrado uma “agulha” si quer ?

E o atentado terrorista contra as “Torres Gêmeas” consideradas o Cérebro Econômico Mundial não foi o suficiente? A onde se encontra BIN LADEM?

E agora? Aterrorizar o mundo, criar e entrar numa guerra, devastar um país é fácil. Quero ver como sair.

Mas isso não importa! A desgraça, o inferno criado e as “despesas” da guerra maldita ficam por conta do país vencido.

Simplesmente porque um Presidente de uma “Grande Potência” ter desconfiado da existência de armas químicas estocadas nos grandes palácios de Sadam Hussem !

Será que vamos ter uma reprise do passado que só desespero e desgraça trouxe colocando o mundo em pânico?

A paz, a felicidade é um direito de todos!

O urânio não existe apenas para criação de ogivas atômicas! Para isso é preciso que seja enriquecido a 90%. O que não é o caso do Irã que pretende enriquecer somente em 9% e 20% para ser utilizado na produção de energia elétrica e na área medicinal, principalmente na cura do câncer!

Alguém pode me dizer quem foi que criou as duas primeiras bombas atômicas que devastaram as cidades de Hiroshima e Nagasaki no Continente Asiático? Foi uma necessidade? Quem sabe? Será que é isso que tanto medo está causando? Mas nem todos os povos pensam e gostam de agir dessa forma!

O BRASIL é um grande país, que sempre lutou pela pacificação mundial, administrado por um Presidente que tem 76% de aprovação do povo brasileiro, com grande influencia mundial e tem e deve ser respeitado!

Que a Organização das Nações Unidas (ONU) reflita muito bem antes de tomar uma atitude desastrosa e irreparável!
Que a Paz, a Democracia e o Diálogo predomine entre todas as Nações!

Varlei Antonio Peres – Igaratá-SP
Comentário publicado no Jornal Bom Dia em 22/05/2010 que circula em Igaratá e Santa Isabel

quinta-feira, 20 de maio de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

CINEMA NA VELHA IGARATÁ

Você sabia que na “Velha” Igaratá por um certo tempo chegou a ter cinema?

Pesquisas efetuadas com pessoas mais antigas, foi lembrado que o cinema pioneiro da “Velha” Igaratá, foi instalado num antigo prédio na Estrada Estadual que ligava Igaratá à Santa Isabel, perto da Rua da Palha, distante uns quinhentos metros da cidadezinha, prédio esse denominado na época de “máquina de arroz” que havia sido desativada lá pelos anos de 1947/1948.

Fiquei sabendo também, que além do filme ser exibido em preto e branco, era mudo. Seu proprietário era o Sr. Jorge Simão que trazia filmes da capital, junto com o senhor Benedito Rodrigues de Freitas, mais conhecido como “Nhô Nito Vaz”.

Como não se tem mais registros a respeito, vamos falar do cinema que eu conheci, como também participei nas projeções dominicais.

À cerca de mais ou menos vinte e um anos. ao sair da Prefeitura e passar pela Banca de Jornais, deparei com o saudoso Padre João Orlando da Paróquia de Santa Isabel, que estava a minha procura.

Disse-me, que no final daquele mês, haveria festa na sua Paróquia, e ele ficou incumbido de contratar uns três conjuntos, hoje mais comumente chamados de “Bandas”, para abrilhantar os festejos.

Pediu-me para entrar em contato com o João do Orioste que atualmente reside na cidade de São José dos Campos, e ver da possibilidade do seu conjunto “VIBRAÇÕES” fazer pelo menos uma apresentação na festa que ia ser realizada. Cabe salientar que o nome do conjunto foi em homenagem ao saudoso Jacob do Bandolim.

Como o Padre João Orlando, nos idos de 60, também era vigário da nossa Paróquia, pois acumulava as duas: Santa Isabel e Igaratá, ainda guardava na lembrança muitos jovens daquela época, outros assuntos vieram à baila.

O principal assunto, foi a respeito do cinema improvisado numa das salas da parte mais nova da Igreja da Velha Igaratá.

Deixem-me explicar, por que parte mais nova:
A frente da Igreja, onde eram celebradas as missas e casamentos, havia sido construída em época bem distante, talvez no século 19, já que as paredes eram de “taipa”, medindo cerca de cinqüenta centímetros de espessura. Já a parte onde se instalava a sacristia e outras salas, havia sido construída recentemente, pois as paredes eram de tijolos.

O espaço da sala onde foi instalado o projetor, não era maior do que cinqüenta metros quadrados, mas podem ter certeza que, mais de cem pessoas se aglomeravam entre os bancos espalhados, além das que permaneciam em pé encostadas nas paredes.

Passar um filme na “Vila”, como carinhosamente era chamada a antiga sede do município, era uma grande façanha !

Para começar, o gerador que produzia a energia elétrica com capacidade para funcionar o projetor era ligado somente das 19 às 21 horas.

O projetor deveria pesar no mínimo uns dez quilos. Os rolos de filmes tinham um diâmetro aproximado de vinte e cinco centímetros, relativamente do tamanho do volante de um fusca aquele de tamanho menor que os jovens da época mais gostavam de usar, sem
falar na lâmpada do projetor, parecendo mais um farol de milha, que quando queimava, já que naquela época não existia estabilizador, a voltagem oscilava muito, dependendo do consumo de energia.

Qualquer chuveiro ou ferro elétrico que fossem ligados e desligados
ao mesmo tempo, alterava a potência da energia, danificando o projetor de filmes, e normalmente a queima da lâmpada.

Ai não tinha jeito. A sessão era interrompida e o restante do filme ficava para a próxima semana.

Certa vez, a notícia que correu pela pequena comunidade, é que seria exibido o filme “O Direito de Nascer”, no qual o ator principal era o Albertinho Limonta, filme esse também transmitido pelas Rádios AM, em forma de novela, e se não me falha a memória, foi a mais longa até hoje transmitida.

Eram quatro rolos de filmes. Pelo horário escasso, era impossível passar de uma só vez. Como era apenas um projetor, na troca de cada rolo de filme, perdia-se no mínimo uns quinze minutos. Não teve jeito. O remédio foi passar em quatro semanas. Um rolo em cada domingo. Foi como se faziam naqueles seriados passados nos cinemas das grandes cidades: continua no próximo domingo!

Mas é isso ai. Valeu apena. Num lugarejo, em que na época, como distração tínhamos apenas transmissões através do rádio à pilha e na Freqüência “AM”, improvisar um cinema, levar ao povo simples as maravilhas das cidades grandes, foi de fato um caso inédito. Após a inundação da antiga sede do município, isso jamais ocorreu.

Aproveitando esta narrativa, quero também registrar um caso pitoresco ocorrido com o nosso querido vigário.

Naquela época, para celebrar missas na nossa Paróquia, se não me engano no terceiro domingo do mês, o Padre João Orlando se deslocava da cidade de Santa Isabel, onde também como já dito, era Pároco.

Seu veiculo era uma lambreta e sua vestimenta obrigatória na época, uma batina preta.

Quando vinha pela estrada que ligava Santa Isabel à Igaratá, ao passar pelo sítio do meu tio Nage, onde eu também morava, bem às margens da estrada, o Padre João Orlando, montado na sua lambreta, em “alta” velocidade, uns “trinta” quilômetros por hora, mais ou menos, com a batina esvoaçando, meu tio, poeta, jornalista e muito espirituoso, num tom brincalhão dizia: Lá vai o “Frei Boy” rezar a sua missa!

Pois é caros leitores. Acredito que o projetor de filmes e a lambreta, se não foram vendidos, devem estar expostos em algum museu sacro.

Quanto ao nosso amigo Padre João Orlando e o meu tio Nage, que Deus, os tenha juntos de si, pois já partiram desta, com certeza para uma melhor!